O Tibete com suas escadas e caminhos secretos era açoitada por uma forte tempestade.
Um novo viajante procurava por este misterioso caminho cheio de curvas. Quanto mais subia os degraus mais perigos e desafios encontrava pela frente. Havia trechos interrompidos ou destruídos; ele tinha que ter a habilidade de escalar as vezes trechos altos ou então retornar para outra trilha.
A tempestade com seus relâmpagos fizeram com que o viajante fizesse uma pausa no seu percurso. Armou uma tenda num pequeno espaço entre a montanha rochosa e o abismo que se lhe deparava.
Não tendo ninguém para conversar nesta viagem adquiriu rápido o habito de falar consigo mesmo.
Ele idealizou um Mestre Interno e se guiava por ele.
- Mestre, o nosso dia hoje foi cheia de perigos; quase escorreguei no precipício. As vezes o medo e a insegurança invadem o meu coração.
O viajante então escutou a resposta de seu Mestre.
- Realmente seu medo e a insegurança que lhe invade a alma não é pelo percurso que você faz, mas porque se sente sozinho.
O caminho está a sua frente, mas só achará o fim de sua solidão quando descobrir que dentro de si já está a luz que nunca o deixará sozinho; esta luz é uma parte de você em outros seres, uns irradiando e distribuindo força de vida e amor para outros.
Veja a chuva, os relâmpagos e pergunte-se se estes elementos são da mesma fonte que você. Pergunte-se se esta montanha chegou até você, ou se você está chegando até ela, ou se (uma terceira alternativa: se a montanha faz parte de você).
Seus sentimentos podem ser ampliados com a consciência e o coração em crescimento rumo ao Arquiteto dos Universos.
Perdoe-se, amplie seus sentimentos no fogo da verdade, aquiete-se; não deixeis que nenhum barulho interrompa a sua paz interna.
O visitante então abriu um livro antigo que carregava e começou a estudar e a perguntar mais para seu Mestre Interior.
A busca sincera pelo conhecimento é a fonte que leva a consciência a aspirar pela paz do amor, mesmo que o eixo do desiquilíbrio externo queira lhe atormentar.
Buda no meio dos perigos , sentava-se e impulsionava seu circulo de proteção ao redor do seu corpo e ficava tranquilo naquilo que chamamos de força ativa do pensamento na comunhão com o Supremo - que Tudo Pode.
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